
Hoje venho apresentar-vos o Festival Nacional de Gastronomia de Santarém – a capital da gastronomia, que este ano vai contar 39 edições de sucesso, entre os dias 24 de Outubro a 3 de Novembro de 2019.
Já que aqui estamos, podemos ainda aproveitar e conhecer esta bela cidade Ribatejana.
Foi em 1981 que nasceu o primeiro Festival Nacional de Gastronomia.
Trazendo até Santarém os melhores restaurantes de cada região turística que por sua vez escolhiam para os seus cardápios as especialidades tradicionais regionais, o Festival teve um papel fundamental na preservação do património gastronómico Português.
Sabemos hoje que foi a partir deste primeiro festival que começaram a surgir, um pouco por todo o país, uma enormidade de certames gastronómicos, mas nunca tendo nenhum assumido as proporções de carácter Nacional do Festival de Santarém.
É hoje reconhecido junto de gastrónomos, profissionais e amantes da boa mesa, que apresenta, anualmente, um programa rico em atividades que celebram e promovem o Património Gastronómico Português.
Um concurso de petiscos e demonstrações diárias por jovens talentos são as novidades desta edição.
Uma das responsáveis pelo festival afirma que serão cerca de 13 promessas da gastronomia portuguesa a ser desafiados para sessões de cozinha ao vivo, todos os dias. Por outro lado, os 13 restaurantes presentes nas “tasquinhas” – espaço do festival que decorre nas antigas cavalariças da Casa do Campino – vão disponibilizar, num espaço do balcão destinado exclusivamente para esse fim, entre dois e seis petiscos, que submetem à votação do público.
O festival mantém o figurino das tasquinhas e dos grandes almoços regionais, servidos por restaurantes de cada uma das regiões gastronómicas do país.
Cabo Verde é o país lusófono convidado para a edição deste ano, com o restaurante Casa da Morna a servir o almoço regional de dia 25.
Uma vez em Santarém, vamos aproveitar para conhecer alguns pontos importantes da cidade.
Santarém é dona de um património riquíssimo, muitas vezes conhecida pela “Capital do Gótico”, pelos muitos monumentos que aqui se ergueram dedicados a este estilo arquitetónico e artístico, alguns já desaparecidos (como no terramoto de 1755, que destruiu tanto da cidade) ou alterados.
Comecemos por visitar o Jardim das Portas do Sol, um dos sítios mais bonitos do centro histórico da cidade, com uma varanda sobre o rio Tejo e para os campos a perder de vista.
Para além do miradouro e das muralhas aí presentes, pode ainda fazer uma visita ao Núcleo Museológico e Centro de Interpretação Urbi Scallabis. Aqui conhecerá um pouco da história da cidade e pode até apreciar as ruínas romanas que ai se encontram.
O seu fervor religioso é visível por toda a cidade, nas Igrejas de Nossa Senhora da Piedade, Marvila, Santa Clara, Santíssimo Milagre, Misericórdia, Jesus Cristo, Seminário, Santa Cruz, Santa Iria, São João de Alporão (com o Museu Arqueológico), Santo Estevão, São Nicolau, na famosa e inigualável Igreja da Graça, no Convento de São Francisco ou Capela de Nossa Senhora do Monte.
De entre as enúmeras igrejas a visitar na cidade, destaco a Igreja da Santa Maria de Marvila.
Logo na sua entrada ficará impressionado com o bonito pórtico manuelino, e no seu interior encontrará mais de 65000 azulejos de várias cores, incluindo um axadrezado azul e branco, num trabalho ímpar e que elevam esta igreja a uma das mais bonitas de Portugal.
Venha descobrir uma das mais antigas e mais bonitas cidades de Portugal, com uma riqueza arquitetónica enorme e uma gastronomia de comer e chorar por mais…
Texto escrito por Catarina Ferreira, gandaresa com costelas alentejana, lisboeta e canaria! 🙂