
A vida surpreende-nos a cada dia que passa e, normalmente, quando menos esperamos.
Hoje recebi duas notícias: uma boa e má, digamos assim.
Mas é da boa que vos quero falar!
Uma das minhas grandes amigas de Londres está grávida!
Está super feliz e super assustada.
Lembro-me tão bem desse misto de sentimentos.
Do não querer contar a ninguém até chegar ao primeiro trimestre com medo que algo corresse menos bem. (Na altura, guardamos a boa notícia só para nós, mas, e se, na verdade, algo não corresse como planeado? Iríamos guardar só para nós? Não sei…)
A maternidade muda-nos e não é durante a gravidez que ganhamos noção disso.
E quando damos por nós, que ainda agora éramos crianças em que os nossos grandes dilemas eram se jogávamos à macaca ou ao elástico, e aqui estamos nós. Mães, pais, sem nenhuma formação, a exercer o trabalho mais importante que alguma vez teremos na vida.
Ter um filho é sentir um amor que pensamos ser impossível de sentir. É um sentimento tão grande que parece que nos rompe o coração de tão cheio que está.
É amar tanto alguém, que achar que o que sentimos pelo nosso companheiro de vida é apenas uma paixoneta.
É ter a certeza de que, venha o que vier, a força de uma mãe não tem fim.
Mas este amor dói. Dói demasiado.
Dói imaginar sequer que algo pode acontecer ao ser mais que perfeito que nós trouxemos a este mundo.
Dói saber que um dia vamos ter que o deixar voar, e acreditar que demos tudo o possível e impossível para fazer do nosso rebento uma boa pessoa, capaz agora de tomar as suas próprias decisões.
E, se atingirmos esse objetivo, quer dizer que grande parte do nosso trabalho está feito.
Só nos resta assistir como espectadores e esperar que nos chamem quando nos quiserem em palco.
Amo-te minha princesa.