Quem não gosta de ver um (bom) filme?
Os nomeados para os Oscars já foram apresentados e há uma categoria que me desperta mais interesse que as outras… Melhor filme de Animação! Para mim é um prazer enorme poder partilhar um filme de animação com a minha filha, e como todas as crianças, ela não tem qualquer reticência em fazer a sua crítica.
As animações de hoje não podiam estar mais distantes dos “desenhos animados” do passado. Seja pela definição e detalhe que a tecnologia trouxe ou pela história que cada filme conta distribuída pelas diferentes camadas para captar a atenção das crianças e a interpretação dos adultos.
Mas, voltando aos Oscars! Parece que a grande notícia é a ausência do Frozen 2 (Disney) mas os nomeados são filmes que valem, sem dúvida, uma ida ao cinema, a assinatura do Netflix, etc…
Toy Story 4 (Pixar)
Começando pelo “clássico”.
Pensar que o primeiro filme foi lançado em 1995! As personagens permanecem com o mesmo vigor do primeiro filme, e todos nós temos o nosso personagem favorito ou até mais do que um.
A história deste filme fala acerca de reencontro (também connosco) e seguirmos o nosso caminho, fazer as nossas escolhas de forma independente sem nunca esquecer aqueles que nos são queridos. Woody tem a missão (quase) inglória de ser o tutor do novo brinquedo da Bonnie. Nesta viagem encontra uma “amiga” que já não via há muito, muito tempo e juntos vão viver mais uma aventura.
Em todos os filmes da saga (e não só) há sempre aquele momento que ficamos com a garganta embargada e os olhos (extremamente) brilhantes e a história dá uma valente guinada. Há até quem lhe chame o momento Pixar em que parece que sentimos exatamente o que aquele boneco/ animal/ objeto está a sentir.
Klaus (Netflix)
O filme Klaus podia muito bem ser a história que nunca foi contada acerca do aparecimento do São Nicolau ou Pai Natal.
Conta a história de um egocêntrico e egoísta carteiro, filho de uma abastada família, que vai para o posto dos correios de uma pequena e muito particular cidade muito a norte no mapa (talvez seja a Lapónia), a mando do pai, correndo o risco de ser deserdado da fortuna da família.
A sua improvável amizade com um velho artesão muda, não só, o seu destino, como o daquela cidade (e talvez o resto do mundo). Há uma frase que ficará com este filme, “A true sellfless act, always sparks another.” – Um ato sincero e generoso desencadeia sempre outro.
Vale a pena ver, é incrível!
Missing Link (Laika)
Um elo perdido na evolução humana… O Pé Grande/ Yeti, cansado de uma vida solitária, decide procurar um famoso investigador de mitos. Juntos embarcam juntos numa divertida viagem afim de encontrarem familiares ou parentes semelhantes do Sr Link e Shangri-Lá.
A forma um pouco infantil e literal com que o Sr Link (ou Susana, como preferia ser chamado) interpreta as situações torna este filme menos apetecível para os mais pequenos mas hilariante para os adultos.
Como Treinar o teu Dragão – Mundo Perdido (Dreamworks)
Neste filme, para quem viu os dois anteriores, a história parece repetir-se relativamente ao segundo filme.
Existe um vilão que quer capturar todos os Fúria da Noite (Night Fury). Nesta última patrte da saga, o Desdentado e o Hiccup parecem ter encontrado um local secreto onde os dragões vivem em paz. Entretanto, o Desdentado encontra uma fêmea dragão da sua espécie, presumivelmente extinta.
O desenvolvimento do enredo é, de certa forma, previsível dando um final a esta trilogia de filmes.
I Lost my Body (Netflix)
Não tive oportunidade de ver este filme, assim deixo aqui a sinopse.
Uma mão cortada escapa de um laboratório de dissecação com o objetivo crucial: voltar ao corpo. Enquanto atravessa as armadilhas de Paris, lembra-se de sua vida com o jovem ao qual estava apegada, até que conheceram Gabrielle…
Vão aos cinemas com os vossos filhos, vale mesmo a pena (existe o bilhete-família em que a criança vai, praticamente, de graça) e a interpretação deles é sempre surpreendente!
Dependendo do hábito, ou não, das vossas crianças verem filmes em casa (exige mais de uma hora sentada sem outras distrações…), a idade a que podem levar as crianças ao cinema não se prende à recomendação habitual de “maiores de 6 anos”. A minha filha desde os 3 anos que vai connosco ver filmes de animação e em todos ela percebe a história, questionando no final aquilo que a deixou mais intrigada.
É aí que entramos nós, educadores, no papel de preencher as lacunas e explicar conceitos que ela não poderá ter compreendido.
Se têm receio que a vossa criança não esteja preparada para ver um filme no cinema, comecem por mostrar-lhe filmes de animação em casa. Verão que são surpreendidos!
Bons filmes!